TUDO COMO ANTES...
Se eu fosse da “bancada democrática”, começaria meu post de hoje escrevendo: normal! Assim pode ser encarado o resultado do tal “crássico” jogado ontem no Mineirão. Contra tudo e contra todos, o Cruzeiro repetiu boa atuação no Brasileiro e conseguiu três pontos fundamentais para que o time chegue aonde a torcida espera na competição. Jogando com inteligência e velocidade o time foi superior em 70 dos 90 minutos da partida e conseguiu um resultado mais do que justo.
O JOGO
Conforme disse anteriormente o Cruzeiro foi infinitamente superior. Marcando forte no meio, fechando os espaços, com bote certeiro e saída rápida, o time teve muitas facilidades para chegar ao gol adversário. No primeiro tempo, o resultado poderia ter sido maior, não fosse o gol perdido por Araújo. Na volta para o segundo tempo, o time “apagou” como nos outros jogos em casa, e por pouco não teve problemas. Um pênalti mal marcado pelo arbitro, uma pipocada do cruzeirense Marcinho e uma defesa sensacional de Gatti trouxeram o time novamente para o caminho da vitória. A ótima mexida de Dorival, que abriu o time colocando Guilherme e Wagner para atuar com ainda mais velocidade foi fundamental para que o time fizesse o terceiro e o quarto gol. Por pouco, não chegou a mais...
O ATAQUE
A base do Cruzeiro para ir longe no nacional é a boa performance do ataque. Araújo e Roni já provaram que se dão bem e com o entrosamento a tendência é melhorarem ainda mais. Além de laterais que chegam muito bem à frente, o Cruzeiro ganhou na semana passada muitas peças e opções: Wagner mostrou mais uma vez que é um jogador diferenciado, Guilherme é a grande revelação da temporada, Marcinho, que deve ser negociado, também é ótimo jogador. Na frente, o Cruzeiro está bem servido.
A DEFESA
Não fosse o tal “apagão”, a defesa celeste seria bastante elogiada hoje aqui neste blog. Thiago Heleno mostrou firmeza, cobrindo espaços com inteligência e não tendo vergonha de dar chutão quando necessário. Fortunato às vezes excede na força, mas é bom jogador e sabe aproveitar seu vigor físico. Os dois sendo mantidos podem adquirir entrosamento capaz de torná-los uma grande dupla de zaga. Os volantes estão conhecendo-se melhor também, e aos poucos, as funções ficam bem definidas, de forma a dificultar a penetração do adversário, principalmente pelos lados do campo.
O ALGOZ
Araújo foi o destaque da partida. Dois gols, arrancadas sensacionais, bons dribles, e um corta luz que contou com visão de jogo e sorte. Provou a máxima: só faz gol em time pequeno. Ele demorou apenas para descobrir que o time segundino do lado oposto da lagoa não passa disso. Um pequeno que acha que é grande. Agora, o respeito acabou...
O JUIZ
Mais uma vez o Cruzeiro foi clamorosamente prejudicado pela arbitragem. Depois dos erros ridículos nas finais do Estadual, o senhor Héber Roberto Lopes, pressionado nas 72 horas antecedentes a partida pelo presidente dos segundinos Ziza Valadares, foi péssimo. Deixou de marcar diversas faltas sobre os jogadores cruzeirenses e marcou cada esbarrão nos leves Danilinho e Eder Luis. Além disso, deixou de dar um pênalti para o Cruzeiro e marcou uma penalidade mandrake para os zebrados. Resultado: quase interfere no marcador, e tira mais pontos do Maior de Minas.
Bem-vindos à Primeira Divisão. Aqui, é assim...
Vinicius Grissi
ERROS E LIÇÕES
“Em time que está ganhando não se mexe”. A velha máxima do futebol deveria valer também para a postura do Galo. Em jogo aberto – atípico para um clássico – a posse de bola não se transformou em gols, e o jogo aconteceu como o pessoal da enseada queria. A equipe de Zetti vinha conseguindo bons resultados deixando o adversário com a bola e puxando contra-ataques em velocidade. A mudança da proposta de jogo custou caro. No final, o placar adverso de 4x2 retratou o que aconteceu durante a partida. Como em todo jogo equilibrado, o placar contrário seria natural, não fosse pênalti inexistente mal batido por Marcinho.
PÊNALTI
O lance foi polêmico, e vendo pela TV fica claro que não existiu a infração. O desperdício da cobrança veio em péssima hora, quando o Galo se abateu e encheu de moral o adversário. A decisão do juiz no lance capital foi difícil, o que se confirma com o depoimento do próprio goleiro cruzeirense Gatti em entrevista à Rede Minas de televisão, afirmando que em campo o lance pareceu mesmo pênalti.
BATEDORES
Os batedores de pênalti do Galo estão em dívida com a Massa, e mais uma vez uma cobrança mal feita tira pontos importantes que colocariam o alvinegro em posição bem melhor na tabela. Os três pontos no clássico somados aos dois perdidos contra o rubro-negro paranaense seriam suficientes para manter o Atlético em segundo na tabela. É fácil também sugerir outro cobrador depois de perdida a penalidade, mas a falta de experiência impediu que todos enxergassem algo óbvio: Marcinho já jogou com Gatti na base azul e treinava com o próprio goleiro cobranças de pênaltis nos treinamentos. Com um pouco de prudência fatalidades como essa seriam evitadas.
SEQUÊNCIA
Segue o campeonato, e o Galo tem verdadeiras batalhas pela frente. O Inter
CONTRADIÇÃO
Mais uma vez menor nas arquibancadas do Mineirão, os simpatizantes da enseada das garças trocam os pés pelas mãos. Muito se fala que é coisa de atleticano comemorar vitórias e não títulos, mas o pequeno buzinaço que se viu pela cidade foi digno de outras “comemorações” azuis. Lamentável, já que na segunda pela manhã, ao abrirem o jornal para lerem notícias de uma vitória sobre seu maior algoz os simpatizantes verão na tabela que o Galo ainda está na frente.
O Galo é amor, não é simpatia.
Felipe Scheid
4 comentários:
Aê! Estava com saudades...
Não deixem de ler sobre o Gre-Nal lá no BloGreNal
Sempre contra as arbitragens tendenciosas... eta Cruzeiro forte mesmo! Colocou a Cocota no seu devido lugar.
Vi o clássico mineiro como pude. Não vi 100%, mas os 60% foram suficientes. Quando eu comecei a vê-lo, o Cruzeiro vencia por 1-0 e o Galo pressionava em busca do empate.
Já conhecia a força do contra-ataque cruzeirense do jogo do Olímpico. Assim, não foi supresa o segundo gol celeste.
No segundo tempo, o Galo continuou no abafa. Descontou, empatou e foi para a virada histórica. Não acho que tenha sido pênalti, até porque foi fora da área, mas o zagueiro do Cruzeiro foi IRRESPONSÁVEL e viu-se punido pela imprudência (que carrinho foi aquele!?). A defesa do Gatti devolveu o jogo à Raposa. Novo contra-ataque, o 3º gol e o nocaute. O 4º já veio contra um adversário entregue.
Um abraço.
O jogo!?
Noooormal!
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