O CAMPEONATO COMEÇOU

O Cruzeiro conseguiu vencer a primeira no Campeonato Brasileiro e finalmente estreou na competição. Dorival parece ter encontrado uma formação mais compacta e mais entrosada, que pode funcionar se tiver uma seqüência. A vitória não tira, no entanto, o sufoco passado pelo time, e não fosse a incompetência do ataque palmeirense o resultado poderia ser bem diferente. No próximo jogo, contra o Juventude, o Cruzeiro tem a obrigação de vencer a primeira em casa, e partir para o seu lugar no Brasileirão.

RONI

O atacante teve uma ótima estréia. Fez gol e deu passe para outro. Movimentou-se, batalhou e mostrou para Araújo o caminho das redes. Quando teve a oportunidade, não desperdiçou o que é importantíssimo. Pela qualidade e pelo grupo, pode se tornar uma peça primordial neste time. É importante, agora, vê-lo em ação diante da maior de Minas.

ARAÚJO

O jogador fez o primeiro gol em “time grande” este ano. Já não era sem tempo. Araújo precisa agora manter o desempenho dentro do Mineirão, onde a torcida já não tem mais a mesma paciência. É preciso jogar mais, perder menos chances e ter mais humildade para saber que não é nenhum Pelé.

SUB-20

Infelizmente o Cruzeiro ficará desfalcado por quase dois meses de dois bons jogadores. Luisão vem fazendo uma boa temporada (salvo a expulsão absurda na Final do Rural) e parece ter acertado na zaga com Thiago Heleno, pois se conhecem bem. Já Guilherme é, sem dúvida, a grande revelação da temporada no futebol brasileiro até o momento. O jogador é unanimidade entre os torcedores e vai fazer muita falta, aparecendo como um terceiro atacante, vindo de trás com inteligência, e marcando gols como sempre.

A MASSA

Alguém aí sabe da torcida do Atlético? Será que estão de férias e todo mundo viajou? Ou será que eles estão indo ao Mineirão nas sextas-feiras, acostumados com a Segundona? Incrível como sumiram. Incrível como a mentira contada pela imprensa vai sendo desmascarada aos poucos neste Campeonato. Depois de apenas 6.000 na estréia, no último sábado o público não passou dos doze mil. Importante lembrar, que na fase que está, o Cruzeiro conseguiu, debaixo de muita chuva, colocar o mesmo público frente ao Paraná. Cadê? Alguém viu?!

Saudações celestes,

Vinicius Grissi

DE VOLTA AO MORUMBI

O empate com o Atlético Paranaense escapou por pouco, em jogo que o Galo levou um gol já no fim do segundo tempo e ainda teve tempo de errar um pênalti já nos acréscimos. Coelho tirou o goleiro da foto e bateu forte na trave, armando inclusive um contra-ataque perigoso desperdiçado também pelos paranaenses. A próxima batalha é novamente no Morumbi, contra o São Paulo. Jogo duro que pode servir para espanar ainda mais a “crise” imposta por uns e outros no time tricolor paulista. Zetti conhece o estádio e a imprensa de lá, e pode ajudar com a experiência obtida por lá quando jogador.

SETOR DEFENSIVO

A defesa do Atlético passou por momentos difíceis na partida, e mesmo com a ausência do bom colombiano Ferreira o rubronegro paranaense chegava com perigo, fazendo com que brilhasse mais uma vez Diego, o melhor em campo. Com certeza o posicionamento ainda não está bem definido, e com muito trabalho e insistência os volantes chegarão ao acerto ideal. Fica o receio de um ajuste tardio, mas ainda é cedo para avaliar a competência de Zetti no comando.

PÊNALTI

É fácil criticar o erro após acontecido, mas de qualquer forma Coelho tem crédito com todos no Atlético, e a perda da penalidade não deve abalar o lateral para a seqüência do trabalho. Muitos dizem que colocariam Tchô para bater, mas a escolha foi feita levando em conta a facilidade de Coelho em bater na bola de qualquer lugar do campo. Não é todo dia que se acerta, e um dos mais famosos clichês futebolísticos pode definir o ocorrido: “só erra quem bate”.

CONTRATAÇÕES

O trabalho nos bastidores não parece ser muito movimentado, e ao que parece a prioridade do momento é a lateral esquerda. Nomes como o de Jadílson, do São Paulo, e Hidalgo, atualmente no Inter, são especulados. Mais uma vez o Galo esbarra na dificuldade do acerto financeiro, e a política de pés no chão pode ser saudável financeiramente, mas o sacrifício de ver um time limitado no longo campeonato pode ser perigoso...

O Galo é amor, não é simpatia.

Felipe Scheid