Preocupação e ilusão
O Cruzeiro voltou de Veranópolis com um resultado muito aquém do esperado. Um empate sem sal, sem açúcar e o mais importante: sem futebol! O time azul celeste ficou devendo mais uma vez, principalmente pelos gols perdidos, e vai ter que perder uma quarta-feira fazendo o jogo de volta contra os gaúchos no Mineirão. Sem preocupação alguma com relação à classificação, uma vez que o adversário não mostrou nenhum poder capaz de amedrontar time e torcida cruzeirenses. Vai ser preciso voltar a jogar como nos dois primeiros jogos da temporada, mas não será necessário muito esforço para fazer artilheiros.
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O time na última partida atuou pela primeira vez com um volante de verdade, que foi Renan, na vaga do papai Fellype Gabriel. Paulo Autuori mais uma vez errou na mão. Quando o time precisava de pegada no meio, e força de luta, contra Villa e Atlético, ele entrou com um meio-campo leve que não chegava junto, e quando a partida exigiu um meio que agredisse mais o adversário, na última quarta, Marcinho acabou jogando muito isolado. Para o próximo jogo, a saída de Elson para a entrada de Geovanni é a pedida para o time se acertar de vez e acabar com o incômodo jejum de três jogos sem vitória. A hora de reagir é agora.
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Com relação ao comentário do amigo Felipe Scheid, falando que o resultado do clássico inverteu conceitos com relação aos dois times, meu caro, você está bem enganado. Primeiro por ter colocado os dois times no mesmo balaio, no mesmo nível. Eles estão anos-luz distantes, em tudo (o Cruzeiro tem um elenco infinitamente superior, uma possibilidade real de lutar pelo títulos na temporada e uma tendência de crescimento, enquanto o Atlético Vespasiano tem um elenco medíocre e de segunda, que sonha com títulos mas que quando acorda está em outra realidade). Além disso, dizer que o CAV é um time "em formação" é uma barbaridade assustadora. Quanto tempo um time de futebol fica na "fase embrionária"? O time-base do Atlético nos jogos da atual temporada, foi o mesmo time do meio do ano passado, salvo o lateral direito Coelho, o que joga por terra sua prerrogativa.
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Por fim, é impressionante a discrepância entre os dois times quando o assunto é ídolo e reforços. De um lado, o Cruzeiro sonha com o retorno de Alex, craque renomado, vencedor de títulos, jogador fora de série, os emplumados sonham com o retorno de Marques, que mais bichado do que nunca não tem sido aproveitado no Japão. Além disso, os reforços "de peso" que eles tanto sonham (porque dificilmente o sonho se transforma em realidade, quando acordam aqui, olham pro lado e veêm Germanos, Serginhos e cia) são rebarbas cruzeirenses mais uma vez, vide Athirson e Maurinho. É Felipe, realmente os dois times estão em patamares completamente diferentes...
.Só pra terminar, curioso o comentário no meu último post, do senhor Esteban. Infelizmente ele não deixou sua nacionalidade, mas creio eu que seja Espanhol pelo que escreveu. Não sei qual é a maior piada na história do Ronaldo: se é os grandes times do país terem pagado milhões de dólares para ter o jogador, ou se é vendê-lo a preço de banana para vê-lo jogando um futebol de gala pelo Milan. É cada um que me aparece.
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Vinicius Grissi
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