Após todas as rodadas, Vinicius Grissi e Felipe Scheid comentam o futebol mineiro e acirram a maior rivalidade do estado, em duelos que nunca tem vencedor. Porque como dizia o profeta, "clássico é clássico, e vice-versa".
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3.11.06

Adeus

O fim de semana será de adeus definitivo. Para o Galo, a série B tem tudo para se tornar um passado recente com o jogo contra o Paysandu. Mesmo com a perda de Roni, um dos detaques na arrancada do alvinegro rumo à série A, a equipe deve se manter com o mesmo estilo de jogo, pois a entrada de Éder Luis mostra o padrão do grupo: a perda de um atacante não é motivo para abalar o esquema do treinador, e a tranquilidade aumenta com a iminente volta de Danilinho, jogador de futuro promissor que não contou com a sorte quando subia de produção e se contundiu gravemente. É obrigação fazer o dever de casa, pois a busca pelo objetivo maior do ano de 2006 pode ser finalmente concretizada. Atingindo 61 pontos, não se garante matematicamente - ainda - mas com o aproveitamento e a vantagem nos critérios de desempate essa pontuação pode ser suficiente para a volta do maior de Minas ao seu lugar. Para aumentar o favoritismo, o papão vem do norte em crise, com salários atrasados, o grupo pressionando a diretoria e poucas pretensões para o resto de temporada. Resta fazer valer o mando de campo e a superioridade evidente sobre o time da Curuzu.

Por falar em chances matemáticas, falta de pretensão e adeus, o clima de fim de ano começa a tomar conta da enseada das garças. Ganhando todos os jogos restantes e contando com uma combinação de resultados, o antigo Palestra até chega à Libertadores 2007. Mas com o que vem apresentando principalmente após a copa do mundo nem o Serginho da Alterosa aposta mais na barca furada feita pelos irmãos beijoqueiros nessa temporada. É visível a indignação com o último post do Vincius e nos comentários que apareceram aqui após mais uma derrota que reafirmou o time azul como freguês dos paranistas. Teve até declaração de simpatia eterna, com ausência garantida no estádio! Enquanto o Galo contrata mais de trinta jogadores em uma só temporada, do lado de lá quase trinta se machucaram nesse mesmo ano. O apoio da fanati-cruz foi enaltecido mais uma vez apenas por aqui, sem o menor destaque na TV, no rádio, ou no jornal, e quem ouviu o jogo percebeu a "contundência" e a presença da "China Azul".

Precisando vencer para almejar algo mais no resto de temporada, era de se esperar que a auto- intitulada maior torcida do estado comparecesse. Sem desculpas pelo preço do ingresso, que foi mais uma vez promocional e mais uma vez pouco vendido, vejamos se a troca por uma lata de achocolatado pode servir como incentivo para a presença da "maior e mais presente de minas" - de acordo com Élson, o falastrão que entregou o segundo gol de ontem, além de não ter jogado nada novamente. Restou apenas esperar a volta do grande algoz e montar a árvore de natal do lado de lá da lagoa...
O recorde da massa está ameaçado, mas não foi dessa vez que os tricolores do Morumbi superaram a marca. Para o jogo de amanhã, mais de 40.000 ingressos foram vendidos. Sem promoção e nem desculpa, é aproximadamente o dobro do público da "fenomenal nação celeste".
Felipe Scheid

2 comentários:

Anônimo disse...

Como parte dessa fenomenal nação celeste (o uso de aspas aqui não se aplica), te digo: de onde você tirou que o Cruzeiro é freguês do Paraná Clube? Só porque nos últimos dois Campeonatos eles ganharam os jogos de ida e volta? Pegue pra trás que a diferença é de lascar a favor do maior de Minas. Ah, no Brasileirão corrente estamos em 8º e o "Grorioso" está na modestíssima 22º colocação.

Anônimo disse...

¨Teve até declaração de simpatia eterna, com ausência garantida no estádio!¨

Nem precisava falar, né?!

É dificil tentar explicar pra bicharada o que é amor, né Scheid?

E, coitado do Vinicius, postando antes do Glorioso jogar e antes da Massa invadir mais uma vez o Mineirão!

O Galo é amor, não é simpatia!!!

Bjuss!