As voltas do mundo da bola

A rodada do final de semana escreveu mais uma daquelas histórias que só o mundo da bola é capaz de contar. O Cruzeiro recebeu no sábado a visita do Figueirense e sua surpreendente sexta colocação na tabela da Primeira Divisão. Não assisti a partida, portanto não tenho muito o que comentar a respeito da mesma. O Cruzeiro continua mal, perdendo pontos importantes e ficando definitivamente fora da briga. Até o momento, o time vai no máximo buscar a vaga na fraquíssima Copa Sul-Americana. A esperança são os reforços vindos da Europa. Não estou falando de André Luis e Ferreira, que ao meu ver são jogadores apenas para dar satisfação à maior de minas. Falo de Gabriel, ótima contratação e que tem tudo para voltar a brilhar no futebol brasileiro, e Leandro, que pode ser considerado reforço e que chega em ótima hora, pois Francismar e Júlio César alternam ruins e péssimas atuações na ala esquerda azul-celeste.

O técnico Oswaldo de Oliveira deu padrão ao time, é fato. Mas ainda carece de bons jogadores, sente falta dos reforços que a diretoria não trouxe e que o departamento médico não libera. A falta de resultados continua pesando para o treinador. Enquanto isso, o time fica à deriva, entrando mais uma vez apenas para disputar. Fica a decepção e o desejo de dias melhores, pois o time e principalmente sua maravilhosa torcida merecem bem mais.

Mas uma coisa me encantou e me mostrou porque o futebol é tão interessante, apaixonante e outros diversos adjetivos que agora não encontrei. O destaque do time catarinense, e agora também artilheiro do campeonato é nada menos que ele: Schwenck. O jogador de nome estranho, que teve passagem mais do que apagada pelo grande de Minas, e que daqui saiu dispensado após um ano de péssimas atuações vem fazendo um campeonato brilhante pelo time do Figueira, com belas atuações e principalmente gols. E ele é apenas mais um daqueles, que brilham em um time, depois de passagem mais do que apagada por outro.

Enquanto isso, lá embaixo, nos porões do futebol brasileiro, o TSQQT de Vespasiano voltou a vencer. Sem surpresas, jogando dentro de casa, com um futebol apenas comum e finalmente volta a estar entre os "subintes". Engraçado ou não, são hoje o 24º time do país. Festa nas arquibancadas! E eles, que parecem ainda não ter percebido, que nem tudo que reluz é ouro, e que não basta contratar os jogadores que brilharam com a camisa azul para conquistar títulos como nós. Fábio Junior, Djair, Marcelo Djian e mais recentemente Marcinho são só alguns poucos exemplos de jogadores que o time atleticano tentou contratar para repetir o sucesso cruzeirense, mas que só trouxeram decepção.

Mas a certeza que fica, é de que outros "Schwenks" sempre surgirão, e esse é o fascínio do futebol, são coisas como essas que fazem multidões se arrastarem para ver 22 homens correrem atrás de uma bola. Craques que vão, craques que vêm, e vida que segue...

Vinicius Grissi

PS: Na terceirona, o Ipatinga voltou a mostrar sua força e se classificou em primeiro do grupo. Enquanto isso, o Mequinha, segundo time da cidade de Belo Horizonte conquistou a vaga com vitória suada, e precisa de mais regularidade na próxima fase para se manter.