Após todas as rodadas, Vinicius Grissi e Felipe Scheid comentam o futebol mineiro e acirram a maior rivalidade do estado, em duelos que nunca tem vencedor. Porque como dizia o profeta, "clássico é clássico, e vice-versa".
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7.9.06

O retorno do desfibrilador

A Toca da Raposa II foi palco hoje de uma cena que vem amedrontando os jogadores de futebol nos últimos anos. O jovem Diogo Mucuri, volante do Cruzeiro, sofreu um infarto após uma leve corrida em volta do campo na manhã de hoje. O jogador foi socorrido as pressas, ainda dentro do campo pelo Departamento Médico do time azul, e está nesse momento em observação, no CTI. O caso trás de volta o assunto desfibrilador para o mundo da bola.

O aparelho, utilizado para reanimar pessoas com paradas cardíacas ganhou repercussão no futebol quando o então jogador do São Caetano, Serginho, morreu dentro do campo do Morumbi. Naquele caso, o estádio não possuía o equipamento, o que dificultou o atendimento e a possível recuperação do atleta que faleceu momentos depois. Hoje, o DM cruzeirense fez uso do desfibrilador e os especialistas que cuidaram do jogador, já no hospital, citaram que o atendimento feito ainda na Toca da Raposa foi essencial para que o jogador sobrevivesse. Mais uma prova da estrutura que o Cruzeiro dá a seus atletas, e da grandeza desse clube.

Enquanto isso, em São Paulo, o time manteve suas péssimas atuações e saiu derrotado na estréia da Copa Sul-Americana para o Santos, por 1 a 0. O jogo, mais uma vez péssimo técnicamente, mostrou um Cruzeiro apático e que sentiu muita falta do craque Wagner, pois teve a posse de bola, mas não soube o que fazer com ela. Lançando seu novo uniforme (maravilhoso por sinal) o Cruzeiro teve como destaques a bela atuação do goleiro Lauro, o bom futebol do volante Elson e a mais uma vez boa participação do lateral direito Michel, que vem crescendo nos ultimos jogos.

O uniforme, por sinal, trouxe de volta também velha polêmica. Trazendo ao peito as estrelas soltas, o uniforme agradou a maioria dos torcedores cruzeirenses, que sempre reclamavam o escudo no manto azul. Ao meu ver, os dois tem seus lados. As estrelas soltas, mantém a tradição e são mais bonitas, mas o escudo é representativo, e identifica melhor a instituição. Mas na verdade, o assunto pouco importa. Não quero de volta as estrelas soltas. Quero de volta os títulos, os craques, a diretoria que pensa em ser campeã e os anos de glória que sumiram após a fantástica tríplice coroa. A esperança de dias melhores vem diminuindo, assim como o futebol dos jogadores dentro de campo.

Enquanto isso, lá no porão, o time de Vespasiano continua sem vencer fora de casa. Para a imprensa mineira, que tanto gosta de números e que colocou o Cruzeiro para brigar contra o rebaixamento nas últimas rodadas, fica o aviso: O TSQQT está a apenas 10 pontos da zona de descenso para a vexatória Terceira Divisão, e o próximo jogo é mais uma vez fora de casa, ou seja, mais de um ponto dificilmente virão. E aquele velho hino volta a mente...

Vinicius Grissi

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