Momento de decisão para uns, momento de oscilação para outros...
Começa hoje mais uma final da libertadores, pela segunda vez consecutiva entre duas equipes brasileiras. Inter e São Paulo prometem um duelo equilibrado se analisarmos o que os dois times vêm apresentando durante o ano. No entanto, pontos de desequilíbrio podem ser fundamentais para os paulistas: Rogério Ceni é infinitamente melhor que Clemer, e Murici transmite mais confiança que Abel Braga. A favor dos colorados, a vantagem de jogar a segunda partida decisiva em casa, e um conjunto melhor qualificado ao meu ver. Peças de reposição serão decisivas nessa final. Que vença o mais bem preparado.
Na divisão especial o Galo não engrena e vem dando mole pro azar. Nos dois jogos fora contra Paysandu e São Raimundo a equipe poderia ter decidido no primeiro tempo, mas a incompetência nas finalizações surpreende mesmo aos que não acreditam na subida atleticana. A expulsão de Roni e Adriano no primeiro e segundo jogos, respectivamente, foi a mais pura demonstração de irresponsabilidade. Com a vantagem numérica as chances poderiam ser maiores, e faltas infantis mandaram os dois para o chuveiro mais cedo. Na partida contra o Tufão do norte na terça(8), o glorioso alvinegro das alterosas ainda se deu ao luxo de perder gol sem goleiro e pênalti aos 47’ do segundo tempo. Mesmo assim, subiu na tabela com os dois empates, ficando com a mesma pontuação do terceiro e quarto colocados, agora em sexto lugar devido ao menor número de vitórias. O baixíssimo nível técnico da competição serve de alento para os mais pessimistas, mas é bom aproveitar as chances para que o retorno à série de origem não seja tão sofrida e conturbada. Agora é trabalhar melhor durante a semana e contar com a volta do artilheiro absoluto de todas as divisões, Marinho, para que venha a vitória em casa contra o Coxa, adversário direto na briga pelos quatro lugares ao sol.
Já do lado de lá, não adiantou cantar vitória antes da hora, nem menosprezar o forte candidato ao descenso Santa Cruz. Assim como o Galo, a irregularidade do time azul da enseada das garças tem sido decisiva para empates amargos e derrotas lastimáveis. A briga por vaga na sulamericana vem cada vez mais se tornando uma realidade. Que faltam laterais é óbvio, desde o início do ano, e agora veio à tona mais um grande problema, detectado pelo sempre falastrão Zezé Perrela: faltam não apenas laterais, falta também “colhão” aos jogadores. Pra bom entendedor, pingo é letra. Depois da declaração do capitão Dracena, as coisas não vão bem, por incrível que pareça, já que o time ainda é o quarto colocado. Ao meu ver, é o desespero de ter segurado a primeira colocação e agora encarar a realidade da copa sulamericana...
Felipe Scheid
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