Após todas as rodadas, Vinicius Grissi e Felipe Scheid comentam o futebol mineiro e acirram a maior rivalidade do estado, em duelos que nunca tem vencedor. Porque como dizia o profeta, "clássico é clássico, e vice-versa".
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22.7.06

Questão de tempo

A divisão de acesso se mostra a cada dia mais nivelada. Por baixo, é claro, mas o equilíbrio é incrível. Qualquer vitória pode colocar o time na disputa pela subida à série “A”, enquanto a derrota já é uma ameaça de queda para a terceirona. Pode parecer óbvio, mas não quando falamos de um campeonato que já chega na décima terceira rodada. Nada definido, nenhuma grande atração, e nem mesmo um time que se distancia na lanterna. Que o diga o Galo, que não vencia há sete rodadas, estava perto da zona de descenso, e com uma vitória no sufoco contra o Gama já encosta novamente nos líderes e vê a possibilidade de figurar entre os quatro promovidos de perto novamente. O trabalho a médio prazo é a proposta de Levir Culpi, que veio respaldado pela fama de treinador de chegada. Considerando que do primeiro ao quarto é garantido o acesso ao campeonato da série “A”, o técnico com fama de vice é uma boa aposta.

Mas a visão deve ir além disso. Levir é, sim, um treinador que irrita o torcedor com uma certa teimosia e às vezes com um time fechado, retrancado, mas sabe montar a equipe e fechar o grupo para conseguir estar entre os primeiros. A massa já não tem paciência com o “ex-talentinho” Marcinho, que veste a dez e sente o peso de ter que organizar o meio campo, e não aceita Ari, que mesmo demonstrando vontade e preparo físico não agrada devido ao péssimo futebol. Bruno demonstra que é um goleiro seguro e a grande promessa na posição para os próximos anos no país. Marinho não decepciona Na Cara do Gol, e se distancia aos poucos na artilharia do campeonato. O lateral esquerdo André Santos agrada, principalmente pelo jogo de estréia, na derrota vexatória para o Avaí, no qual foi uma exceção conseguindo impor seu futebol e trazendo otimismo para quem já não tinha paciência com os laterais atleticanos. Danilinho corresponde sempre que acionado, e é a nova dor de cabeça para o treinador, que aos poucos percebe que o bom jogador tem seu espaço na equipe.

Aos poucos o campeonato brasileiro vai entrando nos eixos. A série “C” se inicia com ótima performance dos times mineiros. Ituiutaba, América e Ipatinga conquistaram duas vitórias nos dois primeiros jogos cada. Na divisão especial o Galo amadurece aos poucos, e entre equipes com pouco a demonstrar deve voltar ao lugar de onde não deveria ter saído, o que aconteceu devido à incompetência dos dirigentes (mas isso é assunto para um próximo “desabafo”). Na série “A”, percebemos que Inter e São Paulo não pretendem tomar conhecimento de qualquer “flanelinha” que esteja segurando a vaga no primeiro lugar, e após a Libertadores os dois devem disputar o título, com alguma possibilidade de crescimento das equipes do Santos, pela simples presença de Luxemburgo no banco, e uma ou outra surpresa a se destacar com o decorrer do campeonato. Os “pseudo-quase” líderes já não podem contratar mais, pelo menos por enquanto, e sem reforços o time tende a não render da mesma forma até o fim do ano. Finalmente o assédio descarado, inescrupuloso e nada ético está prestes a ser finalmente punido. Se é tão fácil simplesmente pagar e levar, agora é hora de custear um preço alto. Futebol não é só dinheiro pra lá e pra cá, minha gente. Que o diga o Corinthians, na zona de rebaixamento...

Felipe Scheid

3 comentários:

Anônimo disse...

pseudo lideres.. flanelinhas.. hahahahaha mto bom....

Anônimo disse...

Gostei do texto. Só acho que os dois deviam se decidir qto ao tipo de blog. Ou é totalmente jornalistico e impessoal (sem indiretas e alfinetadas) ou vcs deviam assumir a possição de torcedores e deixar o blog mais pessoal.

Anônimo disse...

POSIÇÃO com dois "S" doeu, hein...
hahaha

Ato falho.