Faltou tudo!

E para o Brasil, chega ao fim a Copa do Mundo de 2006. Decepcionante, sem dúvida! A seleção canarinho tinha de longe a melhor equipe tecnicamente, mas infelizmente, nunca foi um time. Rápidos lampejos de bom futebol nas eliminatórias e uma Copa das Confederações impecável no país da copa não foram suficientes para os jogadores brasileiros se acostumarem ao esquema tático imposto pelo pragmático Parreira, e muito menos para o treinador perceber que estava insistindo em peças erradas e colocando seus principais jogadores jogando fora de posição.

A derrota para a França pela segunda vez consecutiva, foi merecida depois de muito pouco futebol, depois de um time apático em campo, de estrelas mundiais que nada (ou muito pouco) fizeram durante toda a competição.

Fica a lição de que camisa não ganha jogo, e principalmente, que um time não é feito apenas colocando juntos vários excelentes jogadores. Faltou tudo! Faltou raça, faltou futebol, faltou coerência, faltou coragem, faltou laterais, faltou Ronaldinho Gaúcho.

É chegada a hora da renovação. Os prestigiados jogadores da seleção de 2002 mostraram que os mais jovens merecem lugar ao sol. É hora de Cicinho, Robinho, Fred, e muitos outros que sequer foram convocados. É o fim definitivo da "era Parreira" na seleção. E seja com Luxemburgo, ou seja com Autuori, com certeza a renovação acontecerá e teremos um excelente time para a copa de 2010.

Resta a tranquilidade, por sermos um celeiro de craques infinito, e a certeza de que sempre seremos favoritos absolutos ao título. Resta a calma, pois ainda temos que esperar no mínimo mais 5 anos para sermos alcançados por alguma outra seleção.

Mas não é só isso! Resta também a torcida por Portugal, dos brasileiros Deco e Felipão, o rei das copas, o imbatível até agora na história dos Mundiais. Não tem grandes craques, falta técnica, mas sobra raça, sobra união, sobra vontade e dedicação ao país que representam. O treinador mais uma vez mostra estrela, ao seu estilo, aos trancos e barrancos, e tem tudo para chegar à final, e aí, tudo pode acontecer...

Vinicius Grissi