Após todas as rodadas, Vinicius Grissi e Felipe Scheid comentam o futebol mineiro e acirram a maior rivalidade do estado, em duelos que nunca tem vencedor. Porque como dizia o profeta, "clássico é clássico, e vice-versa".
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16.7.07

COM PINTA DE CAMPEÃO

O Cruzeiro jogou mais que um futebol envolvente contra o Goiás. Jogou com qualidade, inteligência, velocidade e principalmente, muita técnica. Apesar do mentiroso resultado de 2 a 1, a torcida celeste saiu mais do que satisfeita, e confiante que dessa vez o time realmente poderá galgar as posições cimeiras do campeonato, e chegar ao local que lhe é de costume. O ânimo fica ainda maior pois o Botafogo, único que realmente jogou futebol diferenciado, perdeu sua estrela solitária e dificilmente se manterá na ponta por muito tempo.

FÁBIO

Conforme antecipei, Fábio trouxe de volta segurança à defesa celeste. Experiente, ele mostrou sua qualidade quando exigido, e só levou o gol porque a defesa facilitou demais na jogada. Vai ser ótimo para o time ter um goleiro confiável novamente à baliza. Aliado ao retorno do goleiro, Thiago Heleno continua crescendo de produção a cada partida. Emerson foi seguro, mas é um jogador totalmente limitado. Pode ser útil, pois faz o simples, mas dificilmente se manterá titular por muitos jogos. Com a chegada de Thiago Paulista e o retorno de Luisão, a briga por posição promete ser acirrada.

QUARTETO FANTÁSTICO

O quadrado ofensivo do Cruzeiro justificou o apelido dado pela torcida. Wagner mostrou que é um jogador diferenciado, um dos melhores do país tecnicamente. Tem visão e não se esconde da partida. Roni é essencial ao time. Veloz e inteligente, consegue abrir espaço para os companheiros e incomoda a zaga. Araújo é um excelente jogador. Arisco e driblador, leva perigo constante ao adversário, e só precisa soltar um pouco mais a bola. Guilherme dispensa comentários. É a revelação do país este ano e promete ser um grande craque. Não é atoa que o Cruzeiro tem o melhor ataque do Brasileirão.

A VERDADEIRA

A massa deu mais um espetáculo no Mineirão. Se não foi suficiente para assumir a liderança no “ranking de torcidas” do campeonato, os mais de 26 mil guerreiros que compareceram em plena noite de sábado (horário péssimo, só não bateu o de quatro horas na quarta-feira) foram essenciais para empurrar o time. Gritando durante os 90 minutos, mostraram porque a massa falida rival fica ofuscada quando existe comparação. E a ADEMG que se prepare: o recorde de público do Brasileiro será batido no próximo domingo, contra o São Paulo, no Mineirão.

O BURACO É MAIS EMBAIXO

Mas é logo ali. Assim o time de Vespasiano vai voltando ao seu lugar de origem, de onde nunca deveria ter saído. Na Segunda Divisão, o time zebrado é mais feliz: ganha de times do mesmo nível, seus fracos jogadores viram craques e são cobiçados na Europa, e a torcida do ingresso fantasma bate recordes e recordes. Preparem-se para uma grande festa do Centenário: Atlético e CRB deve vender mais de 70 mil ingressos no Mineirão.

BRAZUCAS

A vitória sobre os “hermanos” esteve longe do previsto. Mas serviu para mostrar que com o futebol brasileiro não se brinca. Os maiores fregueses sul-americanos dos últimos anos tiveram que se contentar com a medalha de prata mais uma vez. Conforme eu disse há quase 15 dias, Júlio Baptista foi essencial. Quem o rotula como volante não o vê jogar desde que saiu do São Paulo, há cerca de 6 temporadas. “El toro”, como é conhecido na Espanha joga do meio pra frente, com boa chegada e chutes precisos. Foi o jogador mais importante na decisão ao lado do sempre regular Mineiro e do “gigante” Juan. Um título injusto, mas com gosto especial.


Saudações celestes,

Vinicius Grissi

MUDANÇAS À VISTA, FINALMENTE

Mais uma derrota vexatória, muito pelo que o Galo não fez. O Sport não demonstrou grande futebol, mas teve mais vontade de marcar com a bola nos pés, e acertou dois belos chutes, um de bola parada para dar números lamentáveis ao marcador: 2x0 para o Leão na Ilha do Retiro, de onde o Atlético saiu com a certeza de que é preciso mudar peças no time.

ÉDER LUÍS

O atacante deu mais uma mostra de que apenas lampejos de bom futebol em uma competição longa e difícil não é o suficiente. Ainda perdeu a cabeça, fugindo à sua característica pessoal. Foi expulso de forma infantil, e se não levasse o vermelho não teríamos ouvido seu nome na transmissão. Pode perder lugar na equipe titular depois da indisciplina e do pouco futebol apresentado.

SUSPENSÕES

Mais uma vez o Galo tem três jogadores titulares suspensos de uma só vez. Pelo menos os desfalques não são tão importantes, e podem significar a mudança do time e do comportamento da equipe. As ausências de Bilu, Danilinho e Éder Luís permitem a entrada de jogadores pedidos pela torcida. Pelo que se tem visto, o ideal seria um time com Diego, Coelho, Lima, Marcos e Thiago Feltri; Rafael Miranda, Renan, Marcinho e Tchô; Paulo Henrique e Vanderlei ou Galvão. A corneta funciona em alto e bom som, já que o plantel é limitado e não vem rendendo o que pode. Aí fica mais difícil do que já é o campeonato.

TRANSFERÊNCIAS

Vai chegando o meio do ano, e começam a “pipocar” especulações na Cidade do Galo. As peças mais cotadas para serem negociadas são Diego, Rafael Miranda e Lima, como já se sabe. A reestruturação fica mais difícil com as prováveis saídas, mas o time júnior tem grandes valores para serem revelados. A diretoria segura as notícias, principalmente devido ao momento delicado da equipe, mas ao que tudo indica outros ídolos alvinegros devem se juntar a Caçapa, Lincoln, Dedê e companhia na Europa. Atleticanos declarados, formados realmente na base alvinegra e com desejo de encerrar carreira por aqui.

AMÉRICA-RN

O time potiguar vem em crise grave, mas é bom lembrar que os poucos pontos somados foram conseguidos fora de casa pela equipe de Natal. O Galo deve ter formação inédita, sobretudo devido aos desfalques e à necessidade de mudança principalmente no comportamento da equipe em campo. Marcinho vem caindo de produção, e seria importante dividir a função de armar as jogadas com outro jogador. Mais um jogo complicado que pode ser outra arrancada no campeonato, já que a seqüência do Atlético é complicada. Depois vêm Vasco, Fluminense e Paraná. Uma boa série de resultados recoloca o Galo entre os primeiros da tabela.

O Galo é amor, não é simpatia.

Felipe Scheid

Um comentário:

Anônimo disse...

O Quarteto Fantástico...
Essa é a denominação criada pelos proprios crugayrences para designar os jogadores de frente do timinho aveludado da enseada: Araújo, Guilherme, Roni e Wagner.
Ainda estou pra descobrir o que tem de fantastico neste quarteto... mas tudo bem... isso não vem ao caso agora! Pois há uma dúvida muito maior que me incomoda mais... uma pergunta que nao quer se calar:

Se estes quatro jogadores da enseada formam o famoso "Quarteto Fantástico" a dúvida é: Quem desses quatro é a mocinha da história?!

Pergunta difícil hein?!

Iiih... já vi que a briga na enseada vai ser feia pra definição de quem será a mocinha do quarteto! Pode se esperar muita rasgação de calcinha!

Meu palpite?! Nao sei ao certo... só de vestirem aquele pano de chao azul calcinha, os quatro assumem uma aparecia bem feminina, o que dificulta um palpite... mas vou apostar no(a) Guilherme! Ainda mais por ser um jogador vindo da base... foi criado naquele antro de viadagem! Acho que ele tem mais chance!


Saudações alvi-negras!!!

Vai pra cima deles Galooooo!!!

Galo é Amor, não é simpatia!