VERGONHA NA CARA JÁ!

O Cruzeiro foi goleado com extrema facilidade pelo Atlético por 4 a 0. Resultado que praticamente garantiu o fim do jejum aos segundinos. Um time apático, sem vontade de vencer, claramente conformado com a derrota. Um time desligado! Abaixo das tradições da maior torcida de Minas (que diga-se de passagem, foi fenomenal, inclusive calando o canil mesmo quando perdia por 1 a 0). É preciso mudanças já! É preciso atitude!

OS JOGADORES

O Cruzeiro simplesmente não teve time. Não fosse a incompetência do ataque atleticano em alguns lances, o vexame poderia ter sido ainda pior. Vários provaram não merecer vestir a camisa do Cruzeiro: Gabriel (displiscente e gozador), Jonathan (já está de volta à Turma do Funil), Geovanni (joga com o nome), Araújo (jogador de time pequeno é do outro lado da lagoa), Nenê (absolutamente sem qualidade). Engrossam a lista André Luis (o “Chefe” citado por Élson) e Maicossuel. Time sem alma, que não merece vestir este manto glorioso. Só amam o Cruzeiro no final do mês.

O TÉCNICO

Infelizmente Paulo Autuori foi tarde. A expectativa sobre sua passagem era ótima. Teve problemas com lesões (Sandro, Kerlon, Renan e Marcinho, principalmente), mas não conseguiu dar o mínimo padrão de jogo ao time. Além disso, insistiu em jogadores sem condições e não soube dar ao time ânimo para vencer. É esperar por um bom técnico. Adílson Baptista pode ser uma boa solução. A melhor, está empregada: Ney Franco.

A DIRETORIA

Os irmãos Perrellas também são culpados pelo desastre. Como disse Geraldinho, presidente do Conselho das Organizadas, o casamento acabou! A diretoria será cobrada e a tríplice coroa de 2003 será esquecida. Queremos o Cruzeiro vencedor de volta, e para isto, os dois precisam colocar a mão no bolso. Magrão, Júnior e Zé Roberto são o mínimo desta nova caminhada.

O APITADOR

A vitória foi incontestável. A atuação do árbitro não! Cartões em demasia para o Cruzeiro no início do jogo, deixando laterais, volantes e zagueiros sem poder chegar junto aos jogadores segundinos. Além disso, um pênalti maroto em Marcinho (concordo que no primeiro tempo houve um não marcado) e faltou peito para anular o lance do quarto gol (Marcinho ainda estava no campo do Cruzeiro quando a bola foi solta). Além disso, vídeos na internet já mostram o senhor comemorando o resultado após o jogo. Uma lástima!

"O êxito não é definitivo, o fracasso não é fatídico. O pior homem é aquele que desiste de lutar. O que vale é a coragem de continuar."

Vinicius Grissi

INCONTESTÁVEL

Essa é uma das formas de definir o massacre visto no Mineirão no jogo de ida da final do mineiro. Quatro gols no segundo tempo foram até pouco se consideradas as chances perdidas. Um verdadeiro “chocolate”, ainda mais doce que o do primeiro jogo, o 3x1. Chocolate amargo para a raposinha que não desce do salto, mas merecido, muito merecido. Éder Luís, Danilinho, Marcinho e Vanderlei definiram a partida e nem mesmo uma catástrofe tira o caneco do tradicional bairro de Lourdes.

SHOW I

Mesmo em desvantagem, mas com confiança na equipe do Galo e vendo dois times até então nivelados em campo, A Massa mostrou como é que se faz: se impôs em número e fez muito, mas muito barulho. Vale enaltecer a atuação do início ao fim sempre com muita esperança e percebendo que o gol sairia a qualquer momento, desde o início.

DESTAQUES

A atuação do time alvinegro foi quase impecável, não fossem tantos gols perdidos. É claro que a própria atuação do adversário facilitou a partida, mas Danilinho estava em dia inspirado, forçando duas expulsões do lado de lá e ainda fazendo um gol de placa. Éder Luís fez sua melhor partida com a camisa do Atlético, e Bilu também foi impecável no meio-de-campo. O conjunto foi muito bem sem a bola e melhor ainda com ela nos pés.

SHOW II

Era de se esperar muita raça e respeito à camisa do Galo. O time entrou ligado, sabendo da responsabilidade de aumentar o retrospecto positivo contra a turminha da enseada das garças. Um placar ainda mais elástico retrataria melhor a realidade da partida. Imprevisível, mas nada anormal depois de apitado o fim do jogo. Valeu o mando de campo.

DEMOCRACIA

Nada mais democrático que um clássico como esse, em que todos têm o direito de falar: do outro lado da lagoa a vitória é cantada antes, do lado de cá, com tradição e grandeza, é cantada depois. Os jogos do Democrata foram fáceis, e falaram que a parceria era imoral e que o resultado era esperado. Dessa vez, o jogo foi ainda mais fácil, e gostaria de saber o que é que o Galo fez de tão absurdo, além de quatro gols. Se preocuparam demais com o Atlético, e deu no que deu...

O Galo é amor, não é simpatia.

Felipe Scheid