Após todas as rodadas, Vinicius Grissi e Felipe Scheid comentam o futebol mineiro e acirram a maior rivalidade do estado, em duelos que nunca tem vencedor. Porque como dizia o profeta, "clássico é clássico, e vice-versa".
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18.5.07

COMEÇO DESANIMADOR, FUTURO DE ESPERANÇA

O Cruzeiro começou o Campeonato Brasileiro como havia terminado a Copa do Brasil e o Rural: decepcionando. O empate com o Pó de Arroz poderia ser considerado um bom resultado, mas devido às circunstâncias e por ter saído em vantagem de dois gols, o Cruzeiro perdeu dois pontos preciosos principalmente para dar ânimo ao time para as próximas rodadas.

ESTRÉIAS

Dorival Júnior começou bem por um lado. Mostrou personalidade, pulso firme e que trabalha com o que tiver. Errou por tirar do time Léo Silva e Guilherme, os dois diferenciais tecnicamente, os dois que fazem a diferença. O primeiro ele já percebeu que não pode ficar de fora, mesmo com 5 kgs a mais, mas o segundo ainda vai ficar no banco. Léo Fortunato começou bem. Garantiu a camisa titular e dificilmente sairá do time. Ramires foi apenas mediano. Toca bem a bola e é marcador, mas um jogador comum.

ESPECULAÇÕES

O Cruzeiro continua trabalhando nos bastidores para se reforçar. A diretoria mais uma vez engana a torcida e não entra em leilão. Resultado: mais uma vez vamos ficar com a sobra. Entre eles pode pintar Fábio Luciano (apesar de ainda apostar no nome de Caçapa para a zaga), Márcio Mossoró e Rodrigo Tiuí. Nenhum craque como esperava a torcida. A esperança é que um bom jogador apareça do mercado Europeu, que se abre no fim do mês.

A VERGONHA

O jogo de estréia do rival galináceo foi uma verdadeira vergonha, em vários aspectos. Primeiro porque no retorno à série A, dois times “nível B” fizeram um jogo literalmente de Segunda Divisão: sofrível. Segundo porque a torcida mais patética do Estado esqueceu-se que era dia de estréia, e parece estar até agora sentada no Pirulito comemorando o Ruralzão. A meia dúzia que foi protestou, levou faixa, o time entrou na onda...e o juiz também! Falhas graves como um pênalti não marcado e a não expulsão (outra vez!) do volante Rafael Miranda fizeram com que o resultado fosse favorável ao time da casa. Começamos mal Dona CBF! O engraçado é que como eu havia dito há duas semanas, quando pipocaram uns sete comentários da torcida zebradinha: eu sabia que a excitação ia passar e eles iam sumir. Parece que não é só do Mineirão que eles andam se escondendo...

Serei Cruzeiro, mesmo que a bola não entre, mesmo que o Mineirão se cale, mesmo que o manto sagrado desbote, mesmo que a vitória esteja longe. Serei Cruzeiro, seja longa a jornada, seja dura a cαminhada, Cruzeiro no peito e na alma, no grito e nas pαlmas. SEREI CRUZEIRO ATÉ MORRER !!!

Vinicius Grissi

FORÇA DO GRUPO

O Galo abriu o campeonato brasileiro com os três pontos em casa, e mesmo não apresentando bom futebol fez valer o mando de campo e demonstrou que mesmo com plantel limitado a equipe ainda tem a união dos tempos de Levir. O Náutico veio de Recife com a clara proposta de pontuar, mesmo que o resultado fosse o empate. Saiu na frente, fez “cera” e foi castigado com a virada já nos acréscimos. Não deve servir para iludir a torcida, que sabe que a equipe precisa de reforços e um treinador com urgência.

O TÉCNICO

A necessidade de contratar um treinador para a seqüência do campeonato é tão grande quanto a dificuldade de se conseguir um bom nome disponível no mercado. Com inteligência pode ser contratado um bom nome com futuro promissor seguindo a tendência de renovação que toma conta das áreas técnicas brasileiras. O nome mais forte no momento é o de Vagner Mancini, correndo por fora Toninho Cerezo e Ivo Wortmann. O último é mais tarimbado e teria mais facilidade para trabalhar com esse grupo. O tempo urge, e o campeonato corre solto.

PROTESTO

Foi válido o protesto contra a arbitragem infeliz e tendenciosa do gaúcho Simon, mas deve ser feito um trabalho olhando para a frente, consciente das dificuldades que ainda estão por vir no Brasileirão. O time ainda jogou sob efeito do assalto, mas conseguiu a vitória na raça. Foram acrescentados sete minutos de acréscimo diante da enrolação do time pernambucano desde quando ainda vencia o jogo. O próximo duelo é no Rio contra o mesmo Botafogo, e não se deve jogar com a última partida na cabeça. É possível vencer e convencer, e depende somente do trabalho feito com o grupo.

DIA DAS MÃES

As mamães atleticanas foram presenteadas com uma vitória no domingo, e esperam muito mais – assim como toda a Massa – do time. O público foi ruim, abaixo da capacidade da torcida, mas o próprio dia das mães aliado à ressaca do Maracanã que ainda tomava conta do Atleticano foram fatores que diminuíram um pouco uma das futuras maiores médias de público do campeonato, mais uma vez.

O Galo é amor, não é simpatia.

Felipe Scheid

PS: Gostaríamos de pedir desculpas por não ter postado na semana passada, e por este ter saído em atraso. A falta de tempo não nos deixou estar em dia com este blog. Mas voltaremos a postar normalmente, já amanhã.

Um comentário:

Anônimo disse...

Corinthians arrebentará o Cruzeiro! E galo para de chorar pela Copa do Brasil, já foi. Um abraço!