Após todas as rodadas, Vinicius Grissi e Felipe Scheid comentam o futebol mineiro e acirram a maior rivalidade do estado, em duelos que nunca tem vencedor. Porque como dizia o profeta, "clássico é clássico, e vice-versa".
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29.3.07

A UM PONTO DA CLASSIFICAÇÃO

Diante de mais um adversário desesperado, o Galo precisa de mais um ponto – na conta dos otimistas e levando em conta outros confrontos e suas possibilidades – para chegar à semifinal do mineiro. O desepero do Ipatinga não é na luta contra o rebaixamento, mas sim pela classificação. Diante de um time do qual nunca ganhou, vê suas possibilidades de sucesso diminuírem. Aliás, tentam dizer que o Ipatinga é mais forte que o Atlético em Minas, mas como assim, se nunca venceu o alvinegro?

ÉDER LUÍS

O jovem atacante vem subindo de produção, e mesmo ainda sob suspeita de boa parte da torcida vem fazendo gols e participando de forma decisiva das principais jogadas ofensivas do time. O assédio austríaco pode ser interessante para o clube, que busca recursos, e para o próprio atacante, já cogitado inclusive por Luxemburgo no Santos ano passado.

MINISTÉRIO PÚBLICO

Mais uma vez vistorias do Ministério Público diminuem capacidade de local do mando de campo do Galo. Foi assim com o Mineirão, ano passado, e agora é com o Independência. Tem sido cada vez mais complicado comportar a torcida com maior média de público – mais uma vez – do Estado, e desse jeito vão conseguir fazer com que algum jogo da turminha da enseada das garças tenha mais público que o do Galo.

DIEGO

Mais uma vez, destaque para o arqueiro alvinegro. O retrospecto tem sido cada vez mais positivo, e o resultado é um só: a defesa do Galo é a menos vazada do campeonato. Ao contrário de outros goleiros com status de selecionáveis e atuações pífias e irregulares, é sempre bom lembrar que o goleiro atleticano vem subindo de produção.

CERVEJA

A bebida, que seria mais um atrativo para a pequena parte da grande torcida que representaria a Massa no Independência, também foi cortada. Medida no mínimo estranha, já que em todos os jogos naquele estádio ocorreu a venda de bebida alcoólica normalmente. Podem até tentar, mas a torcida do Galo vai comparecer da mesma forma, e o público pagante deve ser maior que jogos de outros times no Mineirão mesmo assim.

O Galo é amor, não é simpatia.

Felipe Scheid

SEMANA PARA AFIRMAÇÃO

Esta semana vai ser muito importante para o Cruzeiro provar que pode manter um nível elevado e que pode chegar longe este ano. Vencer o Democrata é essencial, e não deve ser problema. Garantir a primeira colocação pode ser importante, pela vantagem, mas nada diminui a responsabilidade pelo título, tendo em vista o nível dos adversários.

FÁBIO SANTOS

O lateral terá mais uma oportunidade na próxima partida. Jonathan vinha bem, mas é claro que não é um jogador da posição e a timidez ainda falava mais alto. Uma chance de ouro para Fábio, que pode conquistar de vez seu lugar no time. João Vítor está voltando aos poucos e Anderson vai mostrar aos poucos seu potencial.

KERLON

O jogador já anda sem o auxílio de muletas na Toca. Este ano, com certeza era dele, e seria fatalmente a grande revelação do país na temporada. Capacidade para isto ele já provou que tem. Mais uma vez o sonho de brilhar com a camisa azul foi adiado, mas com certeza o jogador ainda dará muitas alegrias à nação celeste.


COELHO

O América tanto fez força que finalmente conseguiu chegar ao fundo do buraco. Há anos o Coelho deixou de ser um grande time, e passou a ser somente um local para os jovens sonharem com um futuro, em outro lugar. Vendeu suas promessas a preço de banana, montou times medíocres e merece seu lugar. Vai precisar lutar muito para voltar.

TRADIÇÃO?

Na última semana o nosso amigo Felipe Scheid chamou os zebrados segundinos de “clube mais tradicional de Minas”. Achei estranho, e resolvi pesquisar, e acabo sendo obrigado a concordar. De acordo com a Wikipédia tradição é “uma recordação, memória ou costume”. É, o Atlético não passa disso, uma recordação de algo que não existe mais, uma memória distante, ou um costume por ser tratado como grande. Um futuro Coelho...

Saudações celestes,

Vinicius Grissi

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