Para Embalar
A vitória sobre o Guarani em Divinópolis foi convincente. O resultado de 4x0 é elástico e não era esperado devido à boa campanha do bugre, mas o Galo fez por merecer. A importância está exatamente aí: o time convenceu a ele mesmo de que pode jogar mais do que vinha jogando. O plantel é limitado, mas o esqueleto pode ser montado assim, enquanto se busca algum jogador acima da média do grupo. Levir tem a capacidade de colocar a equipe no eixo, e enquanto a massa do bolo cresce temos que esperar a cereja, já que a realidade é o Brasileiro a partir de maio, e não o mineiro no início do ano. Nunca serviu de parâmetro e não vai ser dessa vez.
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O jogo entre América e Cruzeiro não foi muito acima do esperado. Além do susto que o Coelho deu com o gol ainda no início do jogo, veio a virada celeste sem grandes surpresas, já que o time alviverde não vem demonstrando muita firmeza para segurar o resultado num jogo como esse. O Cruzeiro segue tranquilo e deve confirmar a vaga entre os quatro sem problemas, assim como o próprio Atlético que subiu bem na tabela e já encosta nos adversários diretos com quem ainda joga. Os dois mas Ipatinga, Villa ou Caldense. Ao que tudo indica, dois dos três do interior devem se classificar.
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Destaque também para o vôlei masculino do Minas Tênis Clube, invicto na superliga e já na décima rodada do returno do campeonato. Mantendo o ritmo, a equipe do treinador Mauro Grasso vai longe. O clube reafirma cada vez mais a condição de celeiro de bons jgadores e casa de um time sempre competitivo.
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Muito tem sido falado sobre a crise financeira do Galo. Como se fosse agora que o problema tivesse surgido, e pela primeira vez uma troca de presidência envolvesse fatos com relatórios e mais relatórios de gestões anteriores, sem que ninguém seja responsabilizado por ingerências absurdas. Como sempre e ainda por um bom tempo, deve ocorrer um novo parcelamento das dívidas, a renegociação de outras, e em pouco tempo o noticiário trará futebol e ponto. O problema financeiro do clube está longe de ser resolvido. A sede sempre é alvo de especulação para leiloeiros, mas não é solução para problema algum. A sempre falada categoria de base deve ser a solução a médio ou longo prazo, já que no Brasil o futebol sobrevive assim, com a produção em larga escala de jogadores para saírem mesmo do país. Falam em falência, e tantos outros absurdos, mas o maior de Minas com toda a tradição e patrimônio não pode acabar assim de um dia pro outro. Quando souberem aproveitar as divisões de base e a torcida de forma inteligente e não apenas em momentos difíceis, o caminho será cada vez mais claro.
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Felipe Scheid
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