O bom filho à casa torna

Com mérito e impondo toda sua grandeza, o Galo volta à série A depois de uma temporada em que tudo demorou a se acertar. Contratações foram feitas, mas o que se viu é que a solução tanto financeira quanto técnica vem da base. Com o aditivo de respeito e amor à camisa, jovens feitos em casa foram essenciais para o retorno do maior de Minas ao seu lugar. O alvinegro se junta a Palmeiras, Grêmio e Botafogo entre grandes clubes da série A que caíram e voltaram com força e apoio da torcida. A comemoração é, sem dúvida, pela volta e não pelo título da série B, que deve ser comemorado, mas a história de estrela amarela é polêmica plantada por gente sem clube pra acompanhar.

Aparecer no Jornal Nacional tem sido comum pelo show que a massa proporciona, e somado todo o espaço de todos os outros clubes da série B talvez a ênfase e o tempo de reportagem seja parecido. Isso sem contar que tem gente que não tem dado as caras nem no Jornal nacional, nem no Mineirão, nem em lugar nenhum...galera, sai da toca!

Dizem que a festa feita em BH no último domingo aconteceu pela carência da torcida, que não ganha títulos já há algum tempo. É certo que o Galo passa por anos de crise administrativa, mas a torcida nunca abandonou o time por isso, e esse assunto já é indiscutível não é de hoje.

Parece difícil para alguns entender do que falo, e realmente algumas situações podem ser complicadas quando não se vive nada parecido. Dizem que amigo de verdade é aquele que está ao seu lado sempre, em momentos bons e ruins, na felicidade e na tristeza. Ele jamais te abandona e acompanha de perto, independente da situação, cobrando e marcando presença. Quem tem amigo de verdade sabe do que estou falando. Da mesma forma, o torcedor que ama o clube de verdade, que torce de verdade, obviamente prefere ver o clube no auge, vencendo e convencendo, mas não abandona em hipótese alguma o time do coração. Quem é torcedor de verdade sabe do que estou falando.

Seria mais simples e cômodo pra torcida do Galo retirar as faixas e gritar o nome do Telê toda vez que o time não fosse bem, mas o Atlético é maior que qualquer crise. Tem gente que se diz torcedor e vem agindo na contra-mão do conceito. Lamentável...

Com a derrota para o Santos, acabou a esperança – que é a última, mas também morre – de classificação para a Libertadores na enseada das garças. Com um lance de falta de sorte do goleiro Felipe, o time da Vila cedeu empate no final e a partida acabou empatada em 1x1. O time azul saiu vaiado pelos pouco mais de sete mil presentes no estádio de borracha da Pampulha. Tem dia que sobra espaço e ingresso, e em menos de uma semana o gigante fica pequeno...

Felipe Scheid