E a roleta?

O instituto que indicou vitória de Lula com facilidade no primeiro turno soltou a pesquisa das torcidas indicando números no mínimo contraditórios. Cada entrevistado respondeu para qual time torcia, e a resposta valeu também para mais trinta e duas mil pessoas, aproximadamente. Gostaria de saber qual o critério, a forma de entrevista, quem encomendou. Tudo isso torna a pesquisa cada vez mais obscura e subjetiva. O Flamengo, com liderança ameaçada, dobrou ou triplicou sua torcida não só no interior de Minas, mas os números aumentaram também em outros estados. No mínimo estranho. Se a lógica – se é que ela existe – é a conquista de títulos para o crescimento de uma torcida, o Flamengo não teve tantas glórias para isso tudo. Outro dado interessante: a torcida do Inter praticamente dobrou no Brasil. A conquista da Libertadores populariza um clube, mas não a esse ponto. Sem contar que a torcida do Corinthians se consolidou como a maior de São Paulo na época em que o clube esperou 20 anos para conquistar um título.

Considerando números exatos e objetivos, percebemos nas roletas dos estádios quem torce de verdade, sem “torcida fantasma”. É a mesma história do ibope na TV: a disputa existe, mas não se conhece uma pessoa sequer que tenha em casa o aparelho medidor de audiência. Se alguém que lê o nosso Blog conhece um felizardo que participou da pesquisa, seria interessante que o gato pingado desse o testemunho, entrasse em contato ou só desse um parecer sobre a entrevista como local, data, hora...
Enfim, dizem por aí que torcidas crescem e diminuem, um clube aumenta seus simpatizantes, outro perde em apreciação, mas no Mineirão, especificamente, a realidade é a mesma. Tem gente que vai sempre, tem gente que vai às vezes, tem gente que nem sabe onde é...

O Galo trabalha nos bastidores para definições políticas, importantes para a formação da equipe do ano que vem. A permanência de Ziza como presidente pode ser a continuidade de um trabalho que vem dando certo até agora. A tarefa é mais difícil, o time precisa ter muito mais qualidade, a renovação de Levir Culpi será importante pela continuidade e resta esperar. Muita especulação inclusive sobre transferência do bom arqueiro Diego, a possível saída de Marcinho para a Europa, o Falmengo atrás de Roni, enfim, muito a definir, mas que com certeza deve e acertar até o fim do ano. As reapresentação no início de janeiro será importante para a preparação, e traz otimismo, já que há muito não se ouve falar em tempo suficiente para pré-temporada.

A enseada está em rebuliço, com a possível permanência de Osvaldo de Oliveira. Geninho fechou com o Goiás, Murici com o São Paulo, Abel com o Inter. Renato Gaúcho está prestigiado no Vasco, e no caso de conseguir vaga na Libertadores não deve sair. Paulo Autuori ganha é nome que ganha força, mas os dólares do Japão podem falar mais alto. A provável saída de Vágner pode render muitos euros e engordar os cofres na toca onde a raposa se esconde. Além dele, muitos devem sair dispensados pelo péssimo ano, quando foram feitas péssimas contratações. É melhor acertar dessa vez, minha gente. Lá vem o Galo embalado!

Felipe Scheid