Após todas as rodadas, Vinicius Grissi e Felipe Scheid comentam o futebol mineiro e acirram a maior rivalidade do estado, em duelos que nunca tem vencedor. Porque como dizia o profeta, "clássico é clássico, e vice-versa".
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11.10.06

A seleção vem mudando, já Levir e o STJD...

A seleção teve um jogo duro contra o Equador, em clima nada amistoso, como se definiu o encontro. Foi jogo para mais testes, e Dunga parece, aos poucos, esclarecer cada vez mais quem é a grande estrela: a própria seleção canarinho. Já não se vê mais a badalação de outros tempos e o grupo tem destaque maior que atletas de forma isolada. Essa mudança é positiva e trará frutos em breve. Já se percebe um discurso mais uniforme, e estrelas como Ronaldinho Gaúcho já não têm lugar garantido na equipe. A forma de encarar a situação de reserva mostra que o astro tem muito a somar ao grupo, por reconhecer a fase desfavorável e ainda assim acrescentar à proposta de união do próprio treinador. Bem trabalhada, a equipe tem potencial e deve chegar às Olimpíadas mais uma vez como favorita, mas dessa vez o salto alto não deve ser mais um adversário de peso.

Os preparativos para o confronto contra o Santo André já movimentam o Galo. A provável entrada de Bilu no lugar de Éder Luís é uma forma de fechar o time para explorar os contra-ataques, mas resta saber se o treinador vai decepcionar com a adoção da postura defensiva logo na reta final de um trabalho muito bem feito até o momento ou se é um esquema para esse jogo, especificamente. A fama de retranqueiro acompanha o técnico, que tem nas mãos uma boa equipe apenas para garantir a volta do alvinegro à série A. O acesso certamente acontecerá, e é importante o planejamento para 2007, uma vez que de nada adianta voltar para lutar contra o rebaixamento, fato recorrente nos últimos anos da atual gestão, que mobiliza a torcida para a viagem ao interior paulista. Mais de 1.500 torcedores devem comparecer para empurrar o time em outro jogo difícil fora de casa.

E o Cruzeiro tem pela frente a fraca equipe do Fortaleza, que depois de boa campanha no ano passado deve retornar à série B. Para diminuir ainda mais qualquer empolgação, os portões estarão fechados devido ao ocorrido no jogo contra o Palmeiras: o árbitro encontrou uma pilha de rádio portátil no gramado próximo à entrada do túnel supostamente arremessada por torcedores paulistas. Como o responsável não foi detido, quem paga o pato é a equipe mineira que vem sofrendo dobrado com a incoerência dos tribunais já que o Galo, o outro mineiro implacavelmente julgado, disputa a série B. O Grêmio teve punição não muito pior – três jogos – após o quebra-quebra promovido no estádio do rival colorado, o que mostra como o STJD não tem critério para punir. Leva-se em conta que o Cruzeiro é responsável pela segurança em seu mando de campo, mas o árbitro relatou ter encontrado a pilha sem nem mesmo ter visto quando foi arremessada. Depois dizem que o torcedor mineiro tem mania de perseguição com o nosso futebol...

Felipe Scheid

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