"O mundo está ao contrário e ninguém reparou"

É impressionante como não existe no futebol verdade que dure 24 horas. Exemplos não faltam: tem time que foi o "melhor" do Brasil ano passado e esse ano luta para não cair pra Segunda Divisão; tem time que se gabava de ser o "melhor do ranking nacional" e hoje vibra pela liderança da mesma; tem time que estava acostumado a ganhar títulos importantes e hoje parece se contentar com vaga na Sul-Americana; tem time que foi campeão de Brasileiro, Mercosul, Libertadores nos últimos anos e hoje fica feliz por ser "o melhor do Rio".

Esses são apenas alguns dos milhares de casos que encontramos, e que tornam o futebol tão interessante. Essa variação, essa possibilidade do duvidoso virar o mais provável, essa enorme chance que a "zebra" tem, fazem o futebol ser o esporte mais apaixonante do mundo. A última pérola do "mundo ao contrário" foi colocada aqui mesmo nesse blog, não sei se por falha técnica, por erro de escrita, por falta de atenção, ou por excesso de excitação com mais um "brilhante título para o glorioso currículo": que me desculpe meu grande amigo Felipe Scheid, mas "O Galo enfrenta o Avaí – mais conhecido por ser o time de coração do tenista Guga – com obrigação de vencer e se distanciar cada vez mais na liderança da competição que foi definida pela padronização das equipes. Náutico e Sport, equipes que lutam pelo acesso com planejamento nas últimas temporadas são outros fortes favoritos à volta à série A pelo mesmo fator extra-campo: bom trabalho da diretoria." foi uma das melhores do ano. Desde já então, retorno a campanha: FICA GUIMARÃES! Realmente esse brilhante trabalho não pode ser deixado de lado, afinal, quem não quer ver o Clube Atlético Vespasiano rebaixado no ano do seu centenário?!

Bricandeiras a parte, mais uma das amostras sobre a imprevisibilidade do futebol, eu encontrei na última semana em um blog, e se observarmos bem é impressionante como fica difícil cobrar em algumas situações:
"Qual destes times você gostaria de ter visto com a camisa do Cruzeiro neste Morrinhão 2006?

• Time 49: Flávio, Gustavo, Émerson, Neguete e Peter; Batista, Pierre, Maicossuel e Sandro; Eltinho e Cristiano. Tec: Caio Júnior
• Time 44: Cássio, Thiago Maciel, Fábio Braz, Jorge Luiz e Diego; Ygor, Andrade, Ramon Menezes e Morais; Jean e Leandro Amaral. Tec.: Renato Gaúcho.
• Time 43: Andrey, Flávio, Chicão, Tiago Prado e Edson; Rodrigo Souto, Carlos Alberto, Marquinhos Paraná e Cícero Soares e Schwenck. Tec: Waldemar Lemos.
• Time 42: Fábio (Lauro), André Luiz (Luizão), Gladstone (Eliézio) e Thiago Heleno (Teco); Gabriel (Michel) (Jonathan), Jonílson (Leo Silva), Elson (Fábio Santos), Martinez (Sandro), Wagner (Kerlon) e Leandro Silva (Júlio César); Geovanni (Araujo) (Fábio Pinto) e Elber (Ferreira) (Jonathas). Tec: PC Gusmão (Oswaldo Oliveira).

Se você escolheu o Time 42, não diga que a culpa pelo fracasso é da Diretoria. Ela também o escolheu. Considere a possibilidade de que, também no futebol, há mais coisas entre céu e terra do que imagina sua vã filosofia."

Retirado do blog do Jorge Santana, eu, como ele e acredito que a maioria esmagadora que tiver paciência para ler até aqui escolheriam. Para os que não sabem, os três primeiros times, são, respectivamente Paraná, Vasco e Figueirense, times que vem fazendo boa campanha no Brasileirão e lutando também por vaga na Copa Libertadores. Mas, vai explicar...

Vinicius Grissi